Na Quarta-feira (19) saiu uma nova entrevista da Taylor Momsen para a PlayBoy, confira abaixo a entrevista traduzida:
Seria um eufemismo dizer que Taylor Momsen foi ao Inferno para fazer esse novo álbum. O apripiradamente nomeado Going to Hell, o segundo álbum de estúdio da banda The Pretty Reckless, estava sendo gravado na Water Music Recording Studios em Hoboken, Nova Jersey quando o estúdio foi destruído pelo furacão Sandy em outubro de 2012. Vários equipamentos e gravações foram perdidas e a banda teve que regravar muitas das músicas que eles estavam trabalhando naquela época. O álbum foi finalmente lançado em 18 de março na Razor & Tie; agora Taylor Momsen senta para conversar conosco sobre as músicas, a história por trás do álbum e muito mais…
1. Eu gosto daquele vídeo de Heaven Knows, é meio que um retrocesso. É algo que eu teria visto na MTV enquanto estivesse crescendo. Você pode me falar um pouco sobre a história por trás do álbum?
Taylor Momsen: Obrigada! Era o que eu estava querendo! Eu queria um “Smells Like Teens Spirit” encontra ”The Wall”. Nós filmamos o vídeo ao longo de dois dias. Eu dirigi junto com o Jon J., que é uma nova pessoa com quem estou trabalhando. É basicamente um comentário social sobre o que está acontecendo no mundo, bem como aconteceu no passado. Muitas imagens e metáforas foram jogadas, muitos detalhes sutis que não foram notados inicialmente. Mas quanto mais você olhas para as coisas acontecendo no fundo, está basicamente todo no vídeo.
2. É, acho que foi o que eu mais gostei. De volta ao dia, você assiste os vídeos de novo várias e várias vezes, mas hoje em dia, são só grandes orçamentos e pornografia por dinheiro!
Taylor Momsen: É, isso não é a mesma coisa (risadas). É muito bem pensado. Fico grata que você tenha notado!
3. Vocês passaram por tanta merda para conseguir lançar esse álbum, vocês devem estar muito ansiosos para que ele saia logo. Tem alguma música em particular que você está doida para soltar?
Taylor Momsen: Eu estou ansiosa por todo o álbum… Então, todas elas? Se eu tivesse que escolher uma, seria Sweet Things, é definitivamente uma das minhas favoritas. Nós tocamos Sweet Things ao vivo um pouco na nossa última turnê, mas eu estou animada para que as pessoas escutem a gravação real dela. A música House on a Hill é bem épica. O álbum todo foi feito para ser escutado do começo ao fim. Realmente tem temas comuns que funcionam e contam uma história quando juntos, então é difícil escolher músicas individualmente. Mas nós realmente passamos por muito para fazê-lo e eu acho que ele mostra o tempo gasto nisso.
4. Você disse que há alguns temas recorrentes durante o álbum. É assim que você escreve? Ou você escreve separadamente?
Taylor Momsen: Bem, como escritora, pelo menos para mim, você está sempre escrevendo, então as próprias músicas na verdade que dizem onde eles estão indo. Quando você vai escrever alguma coisa, você não tem essa intenção, mas quando você está escrevendo um álbum, parece que vai naturalmente se desenvolvendo e se criando. Então, a música começa a criar isso e você meio que vai na onda. Mas esse é o tipo de coisa interessante sobre os álbuns, como eles são uma história. Esse álbum em particular captura um momento no tempo que está refletido nas músicas.
5. Faz um tempo que você não lança um álbum. Deve haver algumas diferençar entre Light Me Up e Going to Hell.
Taylor Momsen: Sim e não. Foi feio diferente, mais maduro. Eu estou cinco anos mais velha, e eu estive ao redor do mundo a esse ponto, então a turnê realmente mudou minha perspectiva não só na minha vida, mas em todo o resto também. Acho que isto está refletido neste álbum. Parece mais sério… Essencialmente, o que se destaca é que eu não tenho mais 15 anos, eu pareço mais séria! (risos). Por mais engraçado que seja, é a verdade. As coisas que estou escrevendo agora são mais bem pensadas do que o que eu escrevia quando tinha 15 anos. Eu realmente aprendi muito mais sobre o mundo do que o que eu sabia aos 15 e eu acho que você pode ouvir isso em Going to Hell.
6. Você começou a escrever quando era muito jovem, então dever ser muito legal que os fãs façam tatuagens sobre suas músicas em seus corpos!
Taylor Momsen: É a maior loucura e são muitos e muitos deles que estão fazendo essas tatuagens! Eu tenho visto mais e mais deles também. Este é o compromisso, então tudo que eu tenho a dizer é obrigada! Tenho que ter certeza que estou escrevendo boas letras que vocês gostem dois anos depois. Mas sério, é um sentimento incrível saber que eu criei algo que as pessoas estejam tão conectadas que elas queiram que aquilo fique gravado em suas peles. Não tatuem minhas letras de merda, só as boas! (risadas).
7. Eu realmente admiro sua atitude firme quando falamos sobre estilo pessoal. Quão importante você acha que moda é para música?
Taylor Momsen: Eu acho que música e moda estão sempre juntas. Bandas como The Clash, The Beatles e Led Zeppellin usavam moda para ajudar as pessoas a entenderem suas músicas e seu som. Você tem de passar uma imagem que combine com o som para que as pessoas entendam. Eu tenho uma visão bem direta e isso tende a desenvolver e mudar, obviamente, junto comigo, mas é sempre minhas visão, e se não é, que se foda!
8. Você está sempre recebendo comentários sobre o jeito como você se veste, mais recentemente sobre o álbum Going to Hell. Por que você acha que as pessoas ainda fazem um grande alvoroço sobre as mulheres no rock e sobre a sexualidade delas?
Taylor Momsen: Eu não sei, sinceramente, porque eu posso ver o pênis de Robert Plant quando eu assisto os velhos vídeos de Led Zeppellin e ele não está usando nenhuma camiseta… Então até onde eu estou preocupada, ele esteve mais pelado no palco que eu! (risadas). Mas é o mesmo que moda: sexualidade é uma parte da música, porque música é tão emotiva. É o seu corpo, sua alma, seu tudo. Antes de tudo, meu corpo é uma parte disso também. E para a gravação do álbum, acho que as pessoas entenderem um pouco errado. Para mim era para ser uma peça icônica artística. Eu não coloquei especificamente minha cara na gravação. É para ser sobre o cruzamento e sobre fazer a afirmação sobre ir para o Inferno. Está dizendo que eu não tenho nada. Venho me despido de todos os pertences pessoais e bens materiais porque eles são inúteis. Você vem a esse mundo com nada e deixa a Terra com nada, a não ser sua alma. Por que cobrir isso com outra coisa?
E foda-se, vamos ser honestos, eu acabei de rasgar uma foto do Pink Floyd e um álbum do Eric Clapton que eu amo; (risadas) Mas no mundo de Picasso, bons artistas emprestam, ótimos artistas roubam. Então, eu roubei e refiz isso. Quero dizer, olhe para o álbum Was Here de E.C. Eu não estou fazendo coisas que não fiz antes. Eu as estou refazendo de jeitos diferentes. Tem só 12 notas, então tudo está sendo repetido de um jeito, você só tem que fazer com que seja seu e escolher onde as pessoas que você ama foram embora e tentar criar algo novo em cima disso.
9. Você citou The Withe Stripes como a banda que se destacou para você depois que seu pais te levou para um show deles.
Taylor Momsen: Isso as vezes fica confuso, mas foi na verdade meu pai que começou com tudo. Ele me levou a um show de White Stripes. Eles foram muito bons para mim porque foi o primeiro show de rock and roll que eu fui, então eles realmente subiram de nível, mas para mim meu pai se destacou tudo no dia em que voltei para casa do hospital. No dia em que nasci, meu pai me levou para casa ouvindo The Beatles no carro! Mas o show foi elétrico, eletricidade corria em suas veias assistindo um show ao vivo e ouvindo quão alto as guitarras eram e sentindo a energia do público… Eu estava nesse caminho bem antes disso.
10. admiro que você mantenha sua vida pessoal e continua totalmente focada na música. Você acha instantaneamente a conexão com pessoas na mídia social?
Taylor Momsen: Eu acho que é um catch-22. Mídia social é uma ótima ferramenta para se usar como artista e banda para se conectar com seus fãs e alimentá-los com informações e deixar que eles saibam o que você está fazendo. Mas no final do dia, os fãs realmente se importam com a música, caso contrário não importa. Eu tenho sorte dos meus fãs não me perguntarem sobre minha vida pessoal. Eu disse muitas vezes que não estou aqui para falar sobre mim, estou aqui para escreer músicas e esperar que elas os conectem de algum jeito.
11. Parece que todo o renascimento do Rock atinge próximo ao lar com o seu novo álbum. Como você se sente sobre o renascimento eletrônico voltando na música ultimamente?
Taylor Momsen: Eu acho que qualquer tecnologia, como guitarra elétrica, pode ser usada muito bem ou muito mal. Sempre teve tecnologia na música: é só o jeito que você usa que torna diferente. Gravar é uma tecnologia. Tanto faz se é a fita ou a digital, ainda é uma forma de tecnologia para mostrar sua arte, isso é ótimo, mas arte não vem da tecnologia. Ele tem de contar algo melhor que um computador. Você não pode deixar o computador fazer sua arte para você. E tem alguns artistas que deixam, e alguns artistas que não. Como o Muse usa isso muito bem. Eles usam dentro disso. E depois, tem outros artistas que… Não fazem isso tão bem (risadas).
12. O que está nas lojas para 2014?
Taylor Momsen: Muitas turnês, espero que mais alguns videos. Estamos nos preparando para ir para a Europa para começar a turnê gigante. Então será muita turnê para Going to Hell, muita pressão, vídeos e toda aquela porcaria. Começamos a preparar uma nova música agora porque tivemos tanto tempo desde Going to Hell, então eu tenho me preparado e estou pronta para voltar para o estúdio!

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